RESUMO
Objetivo: Relatar um resultado visual favorável incomum em um paciente com meningite criptocócica, e paresia bilateral do músculo oblíquo superior como nova complicaçäo deste quadro. Relato de caso: Paciente de 15 anos, portadora de lúpus eritematoso e meningite criptocócica apresentou paresia bilateral do músculo oblíquo superior, edema bilateral do nervo óptico e pressäo intracraniana elevada, evoluindo com ausência de percepçäo luminosa no olho direito. Resultado: Com tratamento com fluconazol, acetazolamida e dexametasona, assim como repetidas punçöes lombares para reduzir a pressäo intracraniana, se obteve recuperaçäo da acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos e restauraçäo da motilidade ocular. Conclusäo: Com tratamento apropriado, a perda visual associada à meningite criptocócica pode ter um resultado favorável.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Meningite Criptocócica , Transtornos da Visão/terapiaRESUMO
A Síndrome de Menkes é uma desordem neurodegenerativa progressiva ligada ao cromossona X; uma mutaçäo no gene de Menkes (MNK) causa a doença por alterar o transporte de cobre do citosol para as organelas celulares. Apesar da síndrome näo ser rara, o diagnóstico é raramente feito em nosso meio. Déficit de crescimento, convulsöes e um cabelo peculiar säo achados precoces da síndrome. A visäo deteriora a despeito de um exame ocular praticamente normal. Sem tratamento, os pacientes raramente sobrevivem além de três anos de idade. Foram estudadas as manifestaçöes oculares em três pacientes com a Síndrome de Menkes e adicionadas hipoplasia do estroma anterior da íris e cílios aberrantes como novas manifestaçöes da doença. Uma vez familiarizados com esta síndrome, os oftalmologistas teräo um grande papel no seu diagnóstico precoce e seu eventual tratamento